O balanço entre auxinas e citocininas é o fator preponderante na definição da rota morfogênica. Esta afirmação foi um divisor de águas na história da cultura de tecidos de plantas. Em 1957, quando Folke Skoog e Carlos Miller trabalhando com medula de tabaco publicaram seu estudo "Chemical regulation of growth and organ formation in plant tissue cultured", um novo panorama se abriu. Anteriormente os pesquisadores lutavam e se limitavam a trabalhar com calos ou trabalhavam com meristemas pré formados ou contavam com a sorte para morfogênese. A partir desta publicação se estabeleceu um parâmetro para a indução da morfogênese in vitro.
A base para esta conclusão foi alicerçada anteriormente em 1954, quando Miller identificou a primeira citocinina, a cinetina.
Skoog e Miller observaram que quando o balanço auxinas:citocininas era semelhante, havia a formação de calos; quando a concentração de auxinas era superior a de citocininas, induzia-se a formação de raízes, enquanto quando a concentração de citocininas era superior a de auxinas, ocorria a formação de parte aérea.
Entretanto nem tudo é tão perfeito quanto parece. O grande problema, em termos práticos, para esta afirmação é que para a maioria dos casos, não se tem conhecimento acerca dos níveis endógenos de auxinas e citocininas, bem como a sensitividade dos tecidos e orgãos em estudo.
De toda maneira, a partir de 1957, com os estudos de Skoog e Miller, a cultura de tecidos vegetais ganhou maior fôlego e progrediu mais rapidamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário