Em muitas situações, a resposta morfogênica ocorre de maneira indireta, ou seja,a partir de calos e agregados celulares.
Os calos podem ser considerados como agrupamentos de células em mitoses sucessivas. Diferente do que possa parecer, os calos podem apresentar uma certa diferenciação em sua estrutura, sendo observado em alguns tipos de calos a diferenciação de tecidos vasculares.
Os calos podem ser classificados em dois grupos:
1) calos friáveis, os quais possuem as células mais facilmente separáveis umas das outras, de formato arredondado e tamanho pequeno. Estas células tem características mais meristemáticas e possuem maior proporção de substâncias pécticas e hemicelulósicas. A coloração destes calos varia do amarelo ao bege. Calos friáveis são promissores quando se busca a embriogênese somática. Esse tipo de calo também pode ser utilizado para se iniciar uma cultura de suspensão celular.
*Fig 1 - Calo embriogênico em explante de urucum
2) calos compactos, os quais possuem elementos mais diferenciados com células vacuoladas e parede mais espessa. Como a própria nomenclatura revela, nesses calos as células estão mais unidas formando camadas compactas e coesas. Calos compactos tendem a resposta organogênica.
*Fig 2 - Calo compacto em explante foliar de Eucalyptus
As células do calo podem apresentar morfologia, tamanho, coloração e ploidia variada, dependendo da espécie, período de cultura e composição do meio de cultivo.
A cultura de calos pode ser empregada na produção de metabólitos secundários que são produzidos constitutivamente.
O grande problema envolvido na calogênese é que como se tem uma condição de múltiplas divisões, a ocorrência de variações e mutações, tende a aumentar, levando as variações somaclonais, que serão abordadas em outro post.
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