Nas condições in vitro todos os fatores requeridos para o desenvolvimento das plantas devem ser suplementados pelo meio de cultura. Ele deve prover todos os macro e micronutrientes, vitaminas, hormônios e a fonte de carbono, uma vez que as condições tradicionais de cultura de tecidos não permitem uma fotossintese ativa por parte dos explantes.
Desde os primórdios da cultura de tecidos, o estabelecimento de meios de cultura que atendessem as exigências de um determinado tecido e grau de diferenciação foram estudados. Os meios de cultura formulados por White foram os primeiros a apresentarem uma composição mais completa e que atendia mais plenamente a vários tecidos e orgãos in vitro. Porém em 1962 foi proposto o meio de cultura mais conhecido e utilizado em mais de 90% dos trabalhos in vitro. O famoso MS proposto por Murashige e Skoog publicado na Physiologia Plantarum relatava o desenvolvimento de um meio de cultura para células de medula de tabaco e foi extremamente criterioso na seleção das diferentes fontes de macro e micronutrientes. O fato de terem trabalhado com o tabaco, uma espécie com uma alta demanda nutricional, acabou permitindo o alto grau de aplicação do meio MS para diferentes espécies. O artigo de Murashige e Skoog é considerando um dos mais citados em ciências biológicas.
Ao meio de cultura também deve ser ressaltada a qualidade da água utilizada, o emprego de agentes gelificantes, o uso de substâncias complexas (tais como água de coco e extrato de leveduras), o pH e a forma de esterilização. Cada um destes aspectos será analisado separadamente em um post específico.
Murashige T, Skoog KF (1962) A Revised Medium for Rapid Growth and Bio Assays with Tobacco Tissue Cultures. Physiologia Plantarum, 15: 473-497.
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